Como preparar os nossos filhos para a realidade da vida, que não é sempre gentil? Será que eles serão pessoas seguras e capacitadas para enfrentar problemas e desafios ao longo da vida? A disciplina, quando aplicada adequadamente, resulta em sucesso na escola e na capacidade de relacionamento, fazer amizades. É muito importante que os pais ofereçam supervisão, sejam encorajadores e envolvam-se nas atividades das crianças. Por isso, uma educação que seja mais firme é fundamental para o desenvolvimento delas.
Respeitando a personalidade de cada criança, os pais devem discipliná-la de forma que não seja excessivamente autoritária e nem excessivamente permissiva. Crianças que são controladas de forma muito rígida terão grandes possibilidades de apresentarem dificuldade para tomar decisões e expressar suas necessidades. Por outro lado, crianças às quais é permitido fazer tudo o que querem terão dificuldade para saber o que é ou não aceitável.
Para a escritora Lya Luft, em seu artigo “Educação e Autoridade”, um “não” é necessário na hora certa, e mais que isso: é saudável e prepara bem mais para a realidade da vida do que a negligência de uma educação liberal demais, que é deseducação. Quem ama cuida, e cuidar dá trabalho, é responsabilidade e nem sempre é agradável ou divertido.
O livro “Família – Urgências e Turbulências”, do filósofo e educador Mário Sérgio Cortella, destaca a falta de convívio familiar e a dificuldade de exercer autoridade sobre os filhos como as principais falhas nas relações familiares atuais. Na publicação, o autor aponta a necessidade de exercer autoridade sobre os filhos e a importância de não transformar desejos em direitos.
Segundo o autor, as mudanças existem e muitos elementos do convívio familiar podem contribuir para uma reflexão na educação dos filhos e interferir na construção da base familiar. Os pais devem lembrar que são os professores dos seus filhos, mas, ainda, são os educadores dos seres humanos que geraram.
Para o especialista, os pais não devem ter medo de confrontar os filhos e achar que discipliná-los pode enfraquecer sua autoridade ou vínculo com eles. Os jovens, principalmente, têm dificuldade de lidar com recusas dos desejos e cabe aos pais delimitar essa linha entre atender às vontades dos filhos e formar suas personalidades.
“Limite não é barreira, é fronteira para podermos saber como nos movimentamos. Isso tem que ser feito, senão é irresponsabilidade. Precisamos de um amor que seja exigente. Não posso dizer para meu filho ou filha “eu te amo e, por isso, faça o que você quiser”. A frase correta é: “porque eu te amo, eu não aceito qualquer coisa”, “porque eu te amo, eu não quero que você faça as coisas deste modo”, explica Cortella.
Isso demonstra o quanto a disciplina é importante e saudável para os nossos filhos e que podemos ser amigos deles, sem perder a autoridade!
Cristiane Felix Analista de Comunicação e Marketing Colégio Dom Bosco
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