Quem nunca sentiu aquele frio na barriga diante de um desafio? Ou ficou impaciente à espera de um momento importante? Esses sentimentos são manifestações da ansiedade, uma resposta emocional que pode surgir em diversas situações. Algumas crianças e jovens, por exemplo, sofrem com a ansiedade antes de provas, muitas vezes sem entender o que estão sentindo ou como lidar com isso.
No Brasil, a ansiedade se tornou um dos transtornos mais comuns. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros convivem com esse problema, o que equivale a cerca de 9,3% da população.
De acordo com o Ministério da Saúde (MS), a ansiedade passa a ser considerada um transtorno quando se manifesta de forma intensa e persistente, prejudicando o bem-estar e a qualidade de vida. Alguns exemplos incluem:
- preocupação excessiva, tensão constante ou medos intensos, dificultando o relaxamento;
- sensação persistente de que algo ruim ou um desastre está prestes a acontecer;
- ansiedade extrema em relação à saúde, dinheiro, família ou trabalho;
- medo intenso e irracional de um objeto ou situação específica;
- pavor exagerado de passar por constrangimento ou humilhação em público;
- dificuldade em controlar pensamentos, imagens ou comportamentos repetitivos, mesmo sem querer;
- crises de pânico após vivenciar uma situação muito difícil;
- entre outros.

A ansiedade no ambiente escolar
Vivemos na era do imediatismo, e o ambiente escolar não foge a essa realidade. As crianças querem tudo para agora, o que antes poderia levar semanas para ser resolvido, hoje precisa de respostas em questão de minutos ou até segundos. A dificuldade em lidar com a espera acaba intensificando os níveis de ansiedade, afetando seu desenvolvimento e o bem-estar.
A escola é um espaço de conhecimento, descobertas e aprendizado, mas também pode ser um ambiente de grande ansiedade para as crianças. Medo, vergonha, preocupação, tensão, impaciência e intolerância são sentimentos que frequentemente acompanham os estudantes no dia a dia escolar.
É importante lembrar que a ansiedade é uma reação natural do organismo. Embora possa parecer algo negativo, ela tem uma função biológica essencial: ativar um “sistema de alarme” que nos prepara para lidar com situações de perigo ou desafio.
Nas crianças, a ansiedade pode se manifestar de diversas formas, especialmente em momentos de avaliação escolar. Para muitos, as provas são sinônimo de tensão e insegurança, gerando sintomas físicos como batimentos cardíacos acelerados, suor nas mãos, tremores, falta de ar e tonturas. Além disso, o estresse pode desencadear dores de cabeça e dores de barriga, impactando o desempenho e a autoconfiança.
Sentir ansiedade em determinadas situações é natural. O problema surge quando essa sensação se intensifica a ponto de comprometer a saúde emocional e a qualidade de vida da criança. Esse tipo de estresse consome grande energia, afetando não apenas o corpo, mas também o comportamento, podendo levar a mudanças drásticas na forma como a criança se relaciona com os estudos e com os outros.
Por isso, é fundamental estar atento aos sinais, principalmente quando se tornam frequentes e cada vez mais intensos. A ansiedade está diretamente ligada ao nosso instinto de “fuga”, uma reação de proteção e prevenção diante de possíveis ameaças. É normal sentir certo nervosismo antes de uma apresentação ou evento importante, assim como se preocupar com tarefas do dia a dia. O problema ocorre quando essa preocupação se torna constante e desproporcional, afetando a rotina de forma significativa.
Pensamentos negativos recorrentes, medo excessivo sem uma razão aparente e dificuldade em desligar-se das preocupações podem ser indicativos de um transtorno de ansiedade. Em alguns casos, a ansiedade se manifesta em forma de ataques de pânico, nos quais a pessoa se sente completamente paralisada diante de situações que não representam um risco real. Outros sintomas comuns incluem taquicardia, suor excessivo sem esforço físico e distúrbios do sono.

Dicas para os pais ajudarem os filhos a lidarem com a ansiedade no dia da prova
1️- Mantenha a calma e valide os sentimentos da criança
- Escute suas preocupações sem minimizar ou ridicularizar.
- Reforce que sentir ansiedade é normal e que ela pode aprender a controlá-la.
2️- Evite pressionar por resultados perfeitos
- Incentive o esforço e o aprendizado, não apenas as notas.
- Mostre que erros fazem parte do crescimento e que ela será amada independentemente do desempenho.
3️- Garanta uma boa noite de sono e alimentação adequada
- O descanso é essencial para o raciocínio e a memória.
- Alimentos leves e nutritivos evitam desconfortos e ajudam na concentração.
4️- Evite estudar na véspera da prova
- O ideal é uma rotina de estudos distribuída ao longo do tempo.
- No dia anterior, incentive o relaxamento com brincadeiras e momentos em família.
5️- Ensine técnicas de respiração e relaxamento
- Pratique respirações profundas com a criança antes de sair para a prova.
- Incentive-a a visualizar um local tranquilo para aliviar o nervosismo.
6️- Crie um ambiente positivo e encorajador
- Diga palavras de incentivo, destacando o quanto a criança já aprendeu.
- Reforce sua confiança sem cobranças excessivas.
7️- Evite comparar a criança com colegas ou irmãos
- Cada um tem seu próprio ritmo e maneira de aprender.
- Comparações podem aumentar a pressão e a insegurança.
8️- Demonstre apoio incondicional
- Independentemente da nota, mostre que a criança é valorizada por quem ela é, não apenas pelo seu desempenho.
Com essas atitudes, os pais podem transformar o período de provas em uma experiência mais leve e tranquila para os filhos.
Conclusão
A ansiedade antes das provas é um desafio comum na infância e na adolescência, mas pode ser amenizada com o suporte adequado dos pais. Criar um ambiente de segurança emocional, incentivar uma rotina de estudos equilibrada e ensinar técnicas de relaxamento são estratégias essenciais para ajudar a criança e os jovens a enfrentarem esse momento com mais tranquilidade e confiança.
Além disso, é fundamental lembrar que o desempenho escolar não define o valor do estudante. Ao reforçar o aprendizado como um processo contínuo e acolher os sentimentos dos filhos, os pais contribuem para o desenvolvimento da inteligência emocional e da autoestima deles
Com paciência, diálogo e apoio incondicional, é possível transformar o período de provas em uma experiência de crescimento, aprendizado e fortalecimento emocional, preparando seus filhos para desafios futuros, de forma saudável e equilibrada.
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